MANUSEIO DE AGROTÓXICOS E AFINS E REAPROVEITAMENTO DE ALIMENTOS: CURSOS PARA MULHERES EM VULNERABILIDADE

 O projeto coordenado pela Assistente Social Gheysa Maria Pereira Lima Eickhoff intitulado Capacitação para Mulheres Inspiradoras, inserido no edital nº 63 de 2017 do Instituto Federal de Ciência Educação e Tecnologia de Mato Grosso por meio da sua Pró Reitoria de Extensão para qualificação de mulheres em situação de risco ou vulnerabilidade social "Teresa de Benguela – Empoderamento de Mulheres" foi realizado nos meses de outubro e novembro na cidade de Sorriso-MT. 
 O referido projeto teve como colaboradores os professores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia Anderson Plattini do Nascimento Eickhoff, Raphael Maia Aveiro Cessa e Vinícios Ferreira dos Santos, e foi ministrado no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro São José em Sorriso-MT.
 De 08 a 10 de novembro o professor Raphael Cessa ministrou dois módulos atendendo 10 mulheres. O primeiro foi sobre manuseio de agrotóxicos e afins, onde trabalhou-se aspectos básicos e importantes da utilização desses produtos, bem como o esclarecimento sobre o que são agrotóxicos de uso agrícola, inseticidas de uso veterinário e saneantes, onde são comprados e quem os pode comprar.




Treinamento de manuseio do pulverizador costal na horta comunitária

 O segundo módulo abordou a reutilização de alimentos, aonde trabalharam-se com os conceitos de desperdício e respeito aos alimentos.
Aluna do projeto em atividade do minicurso Reutilização de Alimentos ministrado pelo professor Raphael Cessa. CRAS São José, Sorriso-MT

 A percepção experimental do professor Raphael Cessa ao trabalhar com as referidas mulheres foi de que: primeiro - não apenas o conteúdo teórico deve ser considerado como parte importante do projeto mas, sobretudo, o espaço e tempo disponibilizado para "aquilo" acontecer faz com que a comunidade discuta problemas coletivos - e ai sim associado ao conteúdo técnico - que interferem bem ou mal em suas vidas; segundo: os locais destinados a difusão de informações não devem ser padronizados. Há de se considerar o contexto do aluno quanto ao aspecto sócio econômico e cultura, sua escolaridade e, sobretudo, o tempo que ele tem ou destina para aquisição de conhecimento.
 Quanto ao espaço físico citado anteriormente, segundo a percepção do professor Cessa, não é possível padronizar o local de ensino segundo sua formatação clássica, ou seja, paredes e cadeiras. Os espaços devem ser os mesmos do cotidiano do aluno, trazendo a esse a desmistificação e a confiança para a construção do seu conhecimento.
 Em complemento, soma-se aos aspectos perceptivos do professor Raphael Cessa relativo ao espaço físico de ensino, que a "sorte", viventes daquela localidade e que passam por ali podem contribuir com o enriquecimento da aula; o morador daquela localidade e responsável geral da horta comunitária, conhecido como "Seu" Pedro aproximando-se pela curiosidade que a aula o despertou,  relatou e compartilhou aspectos do seu dia a dia quanto ao contato e uso dos agrotóxicos e afins. Com isso, pode-se identificar alguns aspectos positivos e negativos das práticas ali realizadas.
  Nas imagens abaixo pode-se ver a horta comunitária no bairro São José em Sorriso-MT  e a rua à sua lateral, sendo espaços físicos cotidianos das mulheres alunas, e que foram utilizados para ministrar aulas sobre manuseio de agrotóxicos e afins, desmistificação a construção do conhecimento. Nota-se que o próprio asfalto foi utilizado como lousa para explicação da "regra de três", fazendo-se uso de tijolos para escrita.

Horta comunitária do bairro São José, Sorriso-MT

Rua asfaltada localizada na lateral da horta comunitária para utilizada como espaço de aprendizagem para regulagem de pulverizador costal

Professor Raphael Maia Aveiro Cessa regulando pulverizador costal na rua lateral à horta comunitária

"Regra de três" no asfalto com uso de tijolo utilizada nos cálculos de regulagem de pulverizador costal na rua lateral à horta comunitária

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