COMPOSTAGEM, BOKASHI E MICROORGANISMOS EFICIENTES
Na data 20/06/2018 realizou-se aula prática referente a compostagem orgânica e fabricação de biofertilizante bokashi e microorganismos eficientes (ME) pelo professor Hamilton Marcos Guedes para turma STA3 do curso superior de Tecnologia em Agroecologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília - campus Planaltina. Participou também a Engenheira Agrônoma da referida instituição pública de ensino Patrícia Sedrez da Rosa e Silva.
Inicialmente contextuou-se a importância da confecção das compostagens orgânica no âmbito agroecológico. Ainda, abordaram-se conteúdos técnicos: complexidade de composição de nutrientes, finalidade do uso de compostagem, relação carbono/nitrogênio (C/N) dos materiais orgânicos e suas velocidades de decomposição, aspectos de mineralização e imobilização de nutrientes pelos micoorganismos decompositores, a "montagem" da compostagem e sua umidade ideal, temperatura de revolvimento (aproximadamente 60°C) e estabilização (temperatura ambiente).
As compostagens foram constituídas de camadas intercaladas de materiais orgânicos com alta (>30) e baixa (<20) relação C/N sendo respectivamente folhas de mangueiras e restos de folhas e podas das árvores da escola e esterco de gado e caprinos, formando "montes" de compostagem de aproximadamente 4,0m x 1,0m.


Figura 2. Fabricação da compostagem em aula prática do professor Hamilton Marcos Guedes para turma STA3 do curso superior de Tecnologia em Agroecologia do IFB - campus Planaltina.
Sobre a confecção de ME, inicialmente falou-se sobre as possibilidades de uso por agricultores, suas formas de aplicação e tipos de microorganismos existentes no produto final e complexidade de composição de nutrientes. Três métodos foram abordados para fabricação de ME:
1 - Reativação: mistura-se 200 mL de ME com até dois anos de fabricação com 200 mL de melado de cana de açúcar em uma garrafa plástica de 2,0 litros. Posteriormente completa-se o volume da referida garrafa com água. São necessários aproximadamente 10 dias para o ME estar pronto, lembrando-se que é preciso eliminar o gás periodicamente pela tampa da garrafa plástica até o momento em que sua produção for cessada;
2 - Fabricação: coletam-se microorganismos na "mata" por meio da colonização de uma porção de arroz cozido sem sal disposto em telha de barro, enrolada em malha (saco de cebola ou tela mosquiteira). A telha deve ser posicionada no solo de forma enterrada, estando o arroz no seu interior exposto na superfície, recoberto por serrapilheira. Após uma semana coleta-se o arroz da telha, ocasião em que são removidas colônias de microorganismos cinzas e pretas, resguardando-se as amareladas, avermelhadas e alaranjadas. Feito isso, 200 mL desse colonizado são misturados com 200 mL de melado de cana de açúcar, deixando-se em repouso para uso até o fim da liberação de gás. Estando pronto 200 mL desse material é colocado em garrafa plástica de 2,0 litros completando-se seu volume com água. Cessado a emissão de gás o conteúdo deve ser coado e novamente envazado em garrafa plástica;
2 - Fabricação: coletam-se microorganismos na "mata" por meio da colonização de uma porção de arroz cozido sem sal disposto em telha de barro, enrolada em malha (saco de cebola ou tela mosquiteira). A telha deve ser posicionada no solo de forma enterrada, estando o arroz no seu interior exposto na superfície, recoberto por serrapilheira. Após uma semana coleta-se o arroz da telha, ocasião em que são removidas colônias de microorganismos cinzas e pretas, resguardando-se as amareladas, avermelhadas e alaranjadas. Feito isso, 200 mL desse colonizado são misturados com 200 mL de melado de cana de açúcar, deixando-se em repouso para uso até o fim da liberação de gás. Estando pronto 200 mL desse material é colocado em garrafa plástica de 2,0 litros completando-se seu volume com água. Cessado a emissão de gás o conteúdo deve ser coado e novamente envazado em garrafa plástica;



Figura 3. Arroz cozido sobre telha contendo microorganismos na mata, separação e assepsia de colônias de microorganismos no arroz cozido e adição de melado de cana de açúcar nas colônias de microorganismos de interesse para fabricação do ME. Aula prática do professor Hamilton Marcos Guedes para turma STA3 do curso superior de Tecnologia em Agroecologia do IFB - campus Planaltina
3 - Captura: coletam-se em mata 500g de serrapilheira e mistura-se em galão com tampa rosqueável, 200 mL de melado de cana de açúcar e 200g de batata doce cozida. Em seguida, completa-se o volume para 7,0 litros de água. Espera-se cessar a produção de gás, a qual deve ser inspecionada diariamente, coa-se e armazena-se o produto final em garrafas plásticas.
A confecção do bokashi, após contextuado seu uso agroecológico deu-se a partir de uma mistura de composto orgânico pronto, farelo de arroz, melado, pó de rocha, fosfato e farinha de osso.


Figura 3. Confecção do biofertilizante bokashi em aula prática do professor Hamilton Marcos Guedes para turma STA3 do curso superior de Tecnologia em Agroecologia do IFB - campus Planaltina
Massa, Cessa!
ResponderExcluirValeu